A verdade é que eu me importo. Me
importo com coisas sem importância. Me importo com verdades, com a
aspereza do mundo e com as miudezas que o sentir embala na minha vida.
Construo
meu mundo para aconchegar quem dentro dele aguentar ficar. Recebo os
convidados desta dança chamada Vida. Sei dos percalços, dos dramas e
melodramas desta gente toda que nunca se cansa de acreditar. E respiro,
inspiro.
Crio uma esfera de certezas que se misturam com a
esperança desta gente que ainda se importa. Crio laços, me converto em
abraços.
Me importo com cada sorriso que ficou preso na incerteza
da rotina comum. Porque em cada rosto encontro um pedaço de história,
em cada gesto simples descubro um motivo, um recomeço. É por isso que
não existe nada que me faça desistir de sentir. Sinto tanto, o
desconforto dessa gente que por engano deixou de sentir.
E, ainda, me importo. sem nenhuma pressa, só por cuspir verdades demais.
(JF)
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